Segundo informações, uma BCI chinesa permite que um paciente com epilepsia do lobo frontal jogue Black Myth: Wukong com menos de 20 horas de treinamento

A Interface Cérebro-Computador (BCI) é um link de comunicação entre o cérebro humano e um computador com o objetivo de reabilitar pessoas que perderam a função motora. A Neuralink de Elon Musk é um exemplo disso, mas não é a única tecnologia existente. De acordo com um novo relatório, uma BCI chinesa fez um grande avanço na fase de testes clínicos, permitindo que um paciente jogue jogos complexos em grande escala, como Black Myth: Wukong.

O relatório IT Home (tradução automática), afirma que a Brain Tiger Technology, o Tianqiao Brain Science Institute (TCCI) e uma equipe de pesquisadores do Shanghai Institute of Microsystem and Information Technology da Academia Chinesa de Ciências fizeram um avanço na tecnologia de BCI. A BCI, que executa o sistema operacional cérebro-computador XessOS desenvolvido pela Brain Tiger Technology, foi implantada em um paciente de 19 anos com epilepsia do lobo frontal direito. Após cerca de 20 horas de treinamento, observou-se que o paciente era capaz de jogar jogos complexos de grande escala, como Honor of Kings e Black Myth: Wukong.

Foi observado que o paciente conseguiu realizar operações precisas de controle cerebral, conforme mapeado em tempo real pela equipe por meio de sinais de potencial de campo local (LFP). A BCI em questão é uma interface cérebro-computador flexível de 256 canais e mostrou que o desempenho do controle cerebral do cursor do sujeito atingiu 4,07 bits/segundo (BPS) em menos de 20 horas (19,87 horas). O relatório observa que a Neuralink conseguiu atingir 4,6 BPS, mas após 60 horas de treinamento. Notavelmente, as últimas alegações da Neuralink afirmam que Noland Arbaugh, o primeiro a receber o implante, conseguiu atingir uma taxa de mais de nove BPS. O chip foi implantado em janeiro de 2024.

Além disso, o relatório da IT Home afirma que o sujeito estava em boas condições durante todo o teste e, depois, os médicos usaram a BCI para localizar a lesão epiléptica e realizaram com sucesso a cirurgia de ressecção da lesão, deixando o sujeito sem nenhum comprometimento funcional após a recuperação. A equipe da Brain Tiger Technology espera realizar testes clínicos semelhantes este ano.