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Pavel Durov, CEO do Telegram, é preso na França

O CEO do Telegram pode pegar até 20 anos de prisão. Fonte da imagem: Pavel Durov
O CEO do Telegram pode pegar até 20 anos de prisão. Fonte da imagem: Pavel Durov
Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, foi preso pelas autoridades francesas. A detenção está supostamente ligada a uma investigação em andamento sobre as operações do Telegram, que se concentra na moderação insuficiente de conteúdo e na falta de cooperação com as agências de aplicação da lei. As autoridades francesas afirmam que a inação de Durov permitiu que muitos crimes fossem cometidos por meio do Telegram, e a plataforma se tornou um centro para o crime organizado.

Pavel Durov, o fundador e CEO russo da popular plataforma de mensagens Telegram, teria sido preso pelas autoridades francesas ao chegar ao aeroporto de Le Bourget, perto de Paris. O incidente, que ocorreu na noite de sábado, despertou a atenção internacional e levantou questões sobre privacidade digital e liberdade de expressão.

Durov, que tem cidadania francesa, russa e dos Emirados Árabes Unidos, estava viajando em um jato particular do Azerbaijão quando foi detido pela polícia local. Embora a confirmação oficial das autoridades francesas ainda esteja pendente, vários meios de comunicação na França e na Rússia corroboraram a prisão.

A detenção parece estar ligada a uma investigação preliminar em andamento sobre as operações do Telegram. Fontes de notícias francesas sugerem que a investigação está centrada em alegações de moderação insuficiente de conteúdo na plataforma e uma percepção de falta de cooperação com as agências de aplicação da lei.

Espera-se que Durov seja acusado de cumplicidade em uma série de crimes graves: terrorismo, drogas, cumplicidade, fraude, lavagem de dinheiro e outros. A natureza exata das acusações ainda não está clara. Com base nas acusações preliminares, ele pode pegar até 20 anos de prisão.

As autoridades francesas acreditam que, devido à falta de moderação na plataforma e à recusa em cooperar com as autoridades, Durov permitiu que "um número incalculável de delitos e crimes" fosse cometido por meio do Telegram. Um dos investigadores comentou a situação:

Ao longo dos anos, ele [Telegram] se tornou a plataforma número um para o crime organizado.

Esse caso provocou reações rápidas de vários setores. O governo russo emitiu uma declaração pedindo às autoridades francesas que garantam que os direitos de Durov sejam respeitados durante todo o processo legal. Enquanto isso, Elon Musk, proprietário da plataforma de mídia social X (antigo Twitter), expressou preocupação com o que ele considera uma ameaça à liberdade de expressão na Europa.

A jornada de Durov para se tornar um magnata da tecnologia é marcada por sua posição de princípio contra o alcance excessivo do governo. Em 2014, ele deixou sua terra natal, a Rússia, depois de se recusar a cumprir as exigências de fechar grupos de oposição na VK, a plataforma de mídia social que ele havia fundado e depois vendido. Essa experiência provavelmente influenciou sua abordagem à privacidade do usuário e à moderação de conteúdo no Telegram.

O aplicativo de mensagens Telegram, agora com sede em Dubai, ganhou reputação por sua forte criptografia e resistência à interferência externa. No entanto, esse mesmo recurso também atraiu críticas de alguns setores, que argumentam que ele pode ser usado indevidamente por agentes mal-intencionados.

Até o momento, a equipe de gerenciamento do Telegram não respondeu aos pedidos de comentários sobre a situação. Da mesma forma, as autoridades francesas, incluindo o Ministério do Interior, a polícia e o escritório do promotor de Paris, permaneceram calados sobre o caso.

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Andrew Sozinov, 2024-08-26 (Update: 2024-08-26)