O supercapacitor de plástico bate recordes de capacidade e vida útil

A alta condutividade e a capacidade do PEDOT, um polímero de anéis de hidrocarbonetos, são amplamente limitadas pelo fato de sua área de superfície ser muito pequena. Esse fator determina as propriedades elétricas de qualquer capacitor.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia modificaram essa estrutura para que ela se assemelhe muito a um pelo ou a uma pele. Em outras palavras, a área de superfície disponível foi expandida enormemente com o uso de nanotubos de carbono e grafeno como materiais de suporte. Isso aumenta a capacidade para um valor de 4.600 milifarads por centímetro quadrado, o que é dez vezes maior do que com o PEDOT clássico. Além disso, isso permite uma durabilidade muito maior: Após 70.000 ciclos de carga, 70% da capacidade original ainda estava disponível. No total, podem ser realizados quase 100.000 ciclos de carga.

Há outra vantagem em relação às células de bateria convencionais: como não são necessários processos químicos para o armazenamento, é possível obter capacidades de carga e descarga muito altas. Projetadas em escala maior, elas poderiam ser integradas às redes de energia para armazenar diretamente o excesso de energia e liberá-la novamente com a mesma rapidez quando necessário.

Dada a vida útil extremamente longa (que seria de quase 10 anos, mesmo se descarregada a cada hora), a alta capacidade de armazenamento e a altíssima capacidade de carga, é possível conceber uma ampla gama de aplicações. As células solares, por exemplo, já estão sendo combinadas com capacitores para equilibrar as flutuações na produção.