Como o melhor isolamento das casas japonesas reduziu os riscos de doenças cardiovasculares relacionadas ao inverno

Um estudo recente https://bmjpublichealth.bmj.com/content/2/2/e001143 liderado pelo professor assistente Wataru Umishio da Science Tokyo aborda os benefícios financeiros e de saúde de residências bem isoladas no Japão, especialmente na prevenção de doenças cardiovasculares (DCVs) durante os meses mais frios.

Temperaturas internas frias aumentam a pressão arterial, o que eleva o risco de hipertensão e DCVs - uma grande preocupação no Japão, onde a maioria das residências fica abaixo dos 18°C recomendados pela Organização Mundial da Saúde. O estudo comparou várias melhorias de isolamento em termos de custo-benefício para melhorar as temperaturas internas e reduzir as despesas médicas relacionadas a DCV.

Usando dados da pesquisa de saúde do Japão, a equipe modelou cenários para 100.000 casais virtuais, concentrando-se em atualizações de isolamento aos 40 anos e na reforma de residências aos 60 anos. Os resultados mostraram que as atualizações de isolamento durante a compra da casa melhoraram a expectativa de vida saudável em até 0,48 QALYs (anos de vida ajustados à qualidade) e compensaram até 74% dos custos de isolamento por meio da redução das despesas médicas. O retrofit, no entanto, foi menos econômico, o que indica que o isolamento parcial é uma alternativa mais econômica.

Essa pesquisa mostra que residências quentes e isoladas não apenas reduzem os riscos de DCV, mas também apoiam objetivos de saúde mais amplos. Elas também podem desempenhar um papel importante na prevenção de problemas respiratórios. Espera-se que tudo isso possa orientar os formuladores de políticas para melhorias habitacionais que se alinhem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (um conjunto formal de objetivos globais estabelecidos pelas Nações Unidas) sobre saúde, desigualdade, cidades sustentáveis e ação climática, promovendo casas mais quentes como um meio de reduzir os riscos à saúde no inverno.