Caminhão de hidrogênio sem emissões quebra o recorde mundial de maior distância com um único abastecimento

A Accelera, uma divisão da Cummins, sediada nos Estados Unidos, estabeleceu um novo recorde mundial do Guinness para a maior distância percorrida por um veículo elétrico a célula de combustível a hidrogênio elétrico com célula de combustível de hidrogênio (FCEV) sem reabastecimento. O recorde foi alcançado com o caminhão H2Rescue da empresa, um protótipo Kenworth T370 projetado especificamente para missões de resposta a emergências.

O caminhão completou impressionantes 1.806 milhas (2.900 quilômetros), aproximadamente a distância de Berlim, na Alemanha, até Porto, em Portugal. Durante a viagem, ele consumiu 168 quilos de hidrogênio de um abastecimento inicial de 175 quilos, produzindo zero emissões de dióxido de carbono (CO2). Em comparação, um caminhão movido a diesel teria emitido cerca de 300 kg (664 libras) de CO2 na mesma distância.

Movido por um motor de célula de combustível e um motor de tração de 250 quilowatts (kW), o caminhão H2Rescue foi testado em condições reais, inclusive no trânsito da hora do rush. Durante a viagem, o veículo manteve velocidades entre 80 e 88 quilômetros por hora e enfrentou temperaturas variadas, de 15°C a 26°C.

O caminhão H2Rescue é o resultado de um esforço de colaboração entre a Accelera, a Diretoria de Ciência e Tecnologia do Departamento de Segurança Interna dos EUA, o Departamento de Energia dos EUA e o Departamento de Defesa dos EUA. Essa parceria destaca o potencial crescente das células de combustível de hidrogênio para aplicações de transporte pesado e de resposta a emergências.

Apesar dessa conquista significativa, hidrogênio como alternativa de combustível ainda enfrenta desafios, especialmente relacionados ao custo. Atualmente, o combustível de hidrogênio para FCEVs varia de 7 a 8 euros por quilograma, dependendo de fatores como local de produção, fonte de energia e uso final, de acordo com dados do Independent Commodity Intelligence Services (ICIS) de 2023. No entanto, os especialistas preveem que os preços poderão cair para cerca de 4 euros por quilograma no futuro, tornando o hidrogênio mais competitivo em relação aos combustíveis diesel tradicionais.