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A nova tecnologia de baterias promete um adicional de 621 milhas para carros elétricos e energia suficiente para aviões elétricos

Voar como hoje, só que eletricamente? Difícil de imaginar com a tecnologia existente. (Fonte da imagem: pixabay)
Voar como hoje, só que eletricamente? Difícil de imaginar com a tecnologia existente. (Fonte da imagem: pixabay)
Em vez de apenas tornar as baterias de lítio-enxofre mais duráveis, um novo avanço na química da bateria resultou em maiores taxas de carga e descarga, o que poderia dar à mobilidade elétrica um impulso muito necessário.

As baterias de lítio-enxofre estão há muito tempo na lista de tecnologias de bateria promissoras. As matérias-primas necessárias podem ser encontradas em quantidades abundantes em praticamente qualquer lugar do planeta. Além disso, a alta densidade de energia do lítio-enxofre promete mais alcance e menos peso, e não apenas para carros elétricos.

Isso é tudo na teoria. Infelizmente, sabe-se que o enxofre é muito reativo. Alguns dos ácidos mais agressivos são baseados em enxofre. Portanto, o maior problema com as células de bateria à base de enxofre é que elas perdem o desempenho depois de apenas algumas cargas.

Houve tentativas de tornar as baterias de Li-S mais duráveis, desde ânodos encapsulados com nanotubos até células completas de estado sólido. Em condições de laboratório, isso às vezes pode ser alcançado muito bem, até mesmo ao ponto de as baterias de íon-lítio existentes estarem ao alcance em termos de durabilidade. Por outro lado, no entanto, outras qualidades das baterias à base de enxofre são prejudicadas. Ou o processo de fabricação é extremamente caro ou a densidade de energia desejada é muito baixa.

Uma nova abordagem da Monash University em Melbourne, Austrália, busca romper esse impasse. Utilizando iodopovidona (PVP-I), os engenheiros da Monash descobriram uma maneira de aumentar as taxas de carga e descarga. O resultado é uma bateria potente e versátil, com alta densidade, que poderia não apenas garantir a disponibilidade de impulso suficiente para alimentar aeronaves elétricas durante a decolagem, mas também reduzir significativamente o tempo de carga.

De acordo com os pesquisadores, densidades de energia de 400 watts-hora por quilograma podem muito bem ser possíveis na produção comercial, o que superaria facilmente as melhores baterias de carros elétricos disponíveis atualmente. Em carros elétricos, espera-se que as baterias Li-S acrescentem 621 milhas extras com uma única carga, reduzindo o tempo de recarga para algumas horas. Espera-se que as primeiras células de bateria para uso em drones estejam prontas em apenas um ano.

Por fim, o verdadeiro destaque é que as baterias Li-S não são apenas fundamentalmente baratas de fabricar, mas o iodopovidona mencionado acima também está disponível gratuitamente e já é comumente usado como antisséptico.

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Mario Petzold, 2024-11-29 (Update: 2024-11-29)