A geoengenharia com pó de diamante poderia resfriar a Terra em 1,6°C (35°F) a um custo de US$ 200 trilhões

Um novo estudo publicado em Geophysical Research Letters afirma que a pulverização de partículas de diamante na estratosfera poderia ajudar a combater o aquecimento global, mas isso tem um preço altíssimo na estratosfera poderia ajudar a combater o aquecimento global, mas isso tem um preço altíssimo.

Cientistas da ETH Zürich criaram um modelo climático em 3D que mostra que bombear 5 milhões de toneladas de pó de diamante na estratosfera anualmente poderia reduzir as temperaturas globais em 1,6°C (35°F). Sandro Vattioni e sua equipe examinaram sete materiais - como dióxido de enxofre, alumínio e calcita - para determinar qual funciona melhor para a geoengenharia solar.

Acontece que o pó de diamante ficou em primeiro lugar. Ele reflete melhor a luz solar, permanece flutuando na atmosfera por mais tempo e não se aglomera tão facilmente. Além disso, como os diamantes são quimicamente inertes, eles não causam chuva ácida - algo que é um grande problema com as opções à base de enxofre.

Mas aqui está o problema: é caro. Executar toda a operação durante o resto do século poderia chegar a quase US$ 200 trilhões. E a US$ 500.000 por tonelada, o pó de diamante sintético é cerca de 2.400 vezes mais caro do que o enxofre.

A ideia deu o que falar entre os cientistas. Críticos como Daniel Cziczo, cientista atmosférico da Purdue University, estão preocupados com efeitos colaterais inesperados e acham que pesquisas como essa podem desviar o foco do corte de emissões.

Shuchi Talati, que dirige a Alliance for Just Deliberation on Solar Geoengineering (Aliança para Deliberação Justa sobre Geoengenharia Solar), diz que é importante descobrir a física por trás dessas partículas, e estudos como esse estabelecem a base para conversas mais amplas sobre os possíveis impactos.

Uma reviravolta interessante: o estudo mostrou que pesquisas anteriores ignoraram como o enxofre absorve certos tipos de luz e retém o calor, o que poderia interferir em padrões climáticos como o El Niño. Portanto, não se trata apenas de uma solução simples - é muito mais complicado do que parece.