Análise do Sub-portátil Asus VivoBook S200E

Impressionante: à diferença de outros portáteis nesta faixa de preços, o chassi do VivoBook S200E não está feito de simples plástico, mas em grande parte de alumínio escovado de alta qualidade. O metal não é usado apenas na parte traseira da tampa da tela, mas também no topo da unidade base. Essa peça em particular é feita de alumínio sólido - similar à série (muito mais cara) Zenbook. Apenas a coberta do lado inferior é feita de plástico.

O resultado neto é que todo o portátil é incrivelmente sólido. O VivoBook pesa 1,4 quilogramas (3,09 libras), tem apenas 2,2 centímetros (0,87 polegadas) de espessura, é extremamente rígido e resiste bem as pressões – alguns Ultrabooks não chegam nem perto desta pontuação. A qualidade de montagem também é muito alta: a transição entre as diferentes seções é perfeita, as esquinas são agradavelmente arredondadas, e as brechas são regulares e discretas.

A montagem da tela revela uma falha: a tampa não pode ser fechada de cara para o teclado (como em um conversível). As não muito precisas dobradiças (mas suficientemente firmes) permitem inclinar a tela para cerca de 140 graus, o que significa que o S200E não é um verdadeiro substituto de tablets. Também não gostamos do marco da tela, o qual é muito largo (20-23 milímetros / 0,79-0,91 polegadas) e aumenta o tamanho da unidade – parece como se uma tela de 12 polegadas poderia caber.

Dado que o Bluetooth e WWAN não são fornecidos, o WLAN e LAN permanecem como as únicas opções no que diz respeito a conexões com o mundo exterior. Este último usa um controlador da Qualcomm/Atheros, que suporta apenas o padrão Fast Ethernet e por isso se conecta a apenas 100 MBit/s.

O adaptador WLAN (que é do mesmo fabricante) também é um modelo de gama básica. O AR9485 suporta apenas a banda (normalmente abarrotada) de 2,4 GHz e IEEE 802.11b/g/n. Embora a taxa de transferência de dados seja de apenas 150 MBit/s (1x1 Single Stream), não tivemos problemas com a estabilidade da conexão ou com o alcance.

O VivoBook tem uma webcam de 0,9 megapixels (1280 x 720 pixels), que está escondida abaixo de uma camada de vídeo no marco da tela. A qualidade da imagem é decente, a granularidade aceitável, e a qualidade do som é adequada.

Acessórios

Além do diminuto adaptador de força de 33 watts, alguns panfletos, e um pano de limpeza, não há itens adicionais na caixa.

O SO (Windows 8 de 64-bit) se apresenta de forma limpa: além de várias ferramentas, um das quais supostamente facilita as atualizações, a Asus incluiu extras úteis como o PDF reader do Adobe e McAfee Internet security (embora seja uma versão de teste como mensagens pop-up de ativação).

Manutenção

O lado inferior do portátil tem nove parafusos que seguram a placa do lado inferior em seu lugar. Após a remoção de tais parafusos, a coberta pode ser removida com um pouco de força. Esta ação exige um pouco de habilidade para evitar quebrar os pequenos pinos de plástico. 

A capacidade de expansão é bastante limitada neste caso: a RAM está soldada à placa mãe, por isso o sistema está limitado a 4 GBytes. Pelo menos o disco rígido de 2,5 polegadas é fácil de substituir, embora deva ser notado que é necessário um modelo de baixo perfil (7 milímetros). Aqueles que desejam trocar o módulo WLAN por um mais veloz precisam considerar que apenas a antena está integrada.

Garantia

Como os portáteis mais econômicos, o VivoBook S200E é coberto apenas durante 12 meses. Pela menos a Asus oferece extensões bastante econômicas, as quais nós recomendamos. Diversos vendedores online oferecem extensões de garantia de 24 meses (serviço pick up and return) a partir de 28 Euros (~$36).

O baixo brilho (uso da bateria 164 cd/m²) e uma tela refletiva: o uso em exteriores simplesmente não é o forte do VivoBook. Os reflexos são visíveis o tempo todo e fazem com que a identificação do conteúdo da tela seja incômoda. As telas tácteis anti-refletivas são uma raridade – mas a Asus deveria ter usado um painel com uma iluminação mais forte e um brilho de pelo menos 250 cd/m². 

Devido à tecnologia incorporada, os ângulos de visão de um painel TN sempre são mais ou menos limitados. Apenas quando a tela é vista em um ângulo de 90 graus, as cores e o contraste são precisos. Ao se desviar da posição ideal no plano vertical tem resultados imediatos (e indesejáveis). A maioria dos tablets (e alguns portáteis de gama alta) tem telas IPS por esse exato motivo.

Enquanto o (também oferecido) Pentium 987 utiliza a tecnologia Sandy Bridge do ano passado, nosso modelo de teste tem um Core i3-3217U, que faz parte da linha Ivy Bridge da Intel. O processador dual-core de 1,8 GHz é um modelo aULV (TDP: apenas 17 watts) e produzido usando o processo de 22 nanômetros. Igual que todos os CPUs Core i3, o 3217 não oferece Turbo Boost, mas suporta Hyper Threading. Para saber mais detalhes, confira nosso banco de dados de CPUs.

O VivoBook não vem com uma placa de vídeo dedicada, mas recorre ao Intel HD Graphics 4000 integrado (com suporte para DirectX 11). Dependendo da carga, o GPU (que possui 16 unidades de execução) opera entre 350 e 1050 MHz e atinge níveis de desempenho de placas de vídeo dedicadas de gama baixa.

Tanto o processador como o GPU compartilham 4 GBytes de RAM. Infelizmente a Asus decidiu oferecer uma interface de um só canal e também usa RAM DDR3 1333 (667 MHz) mais lenta – uma dupla limitação no que diz respeito ao comprimento de banda utilizável. O disco rígido tem uma capacidade de 500 GBytes.

A espessura reduzida do chassi dita a altura do disco rígido - 7 milímetros neste caso. A Asus usa um Seagate Momentus Thin (ST500LT012) com uma capacidade de 500 GBytes e uma velocidade de rotação (sedate) de 5400 RPM.

Graças à densidade de dados bastante alta, as taxa de transferência seqüencial ainda são bastante aceitáveis. Registramos uma velocidade media de leitura de 92 MB/s- no campo médio superior do nosso banco de dados. O tempo de acesso de 19 milissegundos poderia ser um pouco mais veloz; para uma melhoria significante do desempenho, seria necessário um SSD. 

O GPU reduzido significa problemas para os jogos 3Ds intensivos: mesmo com os detalhes ajustados em baixo, nenhum dos títulos que testamos se desempenharam sem atrasos notórios. Quando jogamos Anno 2070 e Battlefield 3, a freqüência do CPU caiu para 800 MHz e a frequencia do GPU diminuiu para 300 MHz. Nossa sinopse: sem importar se é o CPU Pentium ou Core i3 - o VivoBook é absolutamente inadequado para os jogos. 

Antes de voltar nossa atenção ao afogamento antes mencionado, vamos dar uma olhada na distribuição de temperaturas. Durante o uso normal, as temperaturas permanecem muito bem controladas e dificilmente excediam os 30 graus Celsius (86 graus Fahrenheit). O portátil pode ser usado sobre as pernas sem problemas.

Quando o CPU e GPU estão sob carga, o sistema esquenta bastante no lado inferior perto do exaustor da ventoinha. Fora esse ponto quente, as temperaturas permanecem bem dentro de limites - o VivoBook permanece mais frio que a a maioria dos sistemas concorrentes.

O verdadeiro culpado está escondido dentro do chassi: durante o nosso teste de estresse com Prime95 e FurMark, o Core i3 excede temperaturas de 80 graus Celsius (176 graus Fahrenheit) em poucos segundos – e o afogamento começa nesse ponto. Após uma hora registramos temperaturas de quase 100 graus Celsius (212 graus Fahrenheit) – embora o processador e o GPU estejam funcionando com freqüências muito baixas de 800 e 300 MHz, respectivamente. O nosso segundo modelo de análise com Pentium 987 não foi muito diferente, o que nos conduz à conclusão que o sistema de resfriamento simplesmente não está à altura para cumprir sua tarefa. A menos que a Asus possa aumentar as RPM da ventoinha do sistema através de uma atualização do BIOS, poderíamos esperar problemas ainda mais graves durante as estações mais quentes.

O Asus VivoBook S200E parece muito promissor no início: um surpreendente chassi elegante, uma seleção decente de portas, e dispositivos de entrada muito bons – não esperávamos isso de um portátil que custa 550 Euros (~$710).

Um dos aspectos interessantes do S200E é a tela táctil precisa, que é uma característica muito diferenciada. Quão útil é a tela é um assunto diferente: embora o Windows 8 esteja otimizado para entradas tácteis, achamos que o mouse e teclado tradicional permitem uma maior produtividade. Talvez um painel mate mais brilhante ou uma bateria maior teriam sido melhores escolhas que a tela táctil.

Enquanto que o ponto anterior pode ser uma questão de preferência pessoal, não há dúvida de que as capacidades de resfriamento do VivoBooks estão longe de ser as adequadas. Embora o sistema tenha um CPU ULV, até mesmo os aplicativos comuns provocam o afogamento, o qual pode ter um grande impacto no desempenho em certos cenários de uso. Quando o CPU e a placa de vídeo são usadas de forma pesada (jogos), o desempenho diminui para menos do 50 por cento.

Esperamos que at Asus possa resolver este problema através de uma atualização do BIOS. No momento, podemos apenas recomendar o VivoBook para esses usuários que realmente gostem da característica da tela táctil e que não planejem utilizar aplicativos exigentes (3D).