O hardware faz deste portátil da HP Compaq uma máquina para empresas em formato 15,4". A caixa do portátil está de acordo com essa noção, tendo as cores preta e semi-mate, sendo de feita de um material sintético. A superfície do portátil, que pode ser até descrita como sendo conservadora ou com falta de criatividade, não segue a tendência de colocar todas as superfícies a brilhar.

Ou talvez não... As teclas do touchpad, uma pequena área à volta do teclado e por alguma razão a moldura do ecrã, têm um acabamento num branco brilhante. A moldura do ecrã não particularmente uma boa ideia, pois é das partes de um portátil que é mais mexida com as mãos e por conseguinte vai ficar carregada de marcas de dedos.

A caixa é na maioria feita de material sintético que não é muito fácil de limpar. Este material pode ser encontrado nas partes internas da máquina e também na tampa do ecrã. A cor preta e o acabamento brilhante faz com que se notem as marcas dos dedos e o pó, mais do que em qualquer outra parte do portátil.

A qualidade da nossa amostra de teste causou uma boa primeira impressão. Na nossa máquina não encontrámos quaisquer tipos de distorção ou falhas que pudessem ter sido causadas por erros durante a montagem do portátil. O local onde se apoiam as mãos, a zona do teclado e a tampa do ecrã apenas sofrem uma  ligeira deformação quando as pressionamos, o que é bom. Mesmo a bateria de 8 células encaixa de forma perfeita na caixa, o que não acontece com muitos outros portáteis. As regiões acima da bateria, ou seja na zona acima do teclado e em volta da unidade óptica são menos rígidas. Contudo estas falhas não implicam qualquer tipo de desconforto no uso diário do portátil. O utilizador pode notar a menor rigidez da unidade óptica quando, durante o transporte se pega no portátil com as mãos nessa zona.

As dobradiças conseguem segurar bem o ecrã quando o abrimos e conseguem mesmo que o consigamos fechar apenas com uma única mão. Contudo, a abertura do portátil é uma história completamente diferente. Como o portátil tem o seu peso deslocado para a traseira, o utilizador ao tentar abrir a tampa acaba por levantar toda a parte da frente da máquina. Quando aberta, a tampa consegue atingir um ângulo máximo de 135º. Esta amplitude pode ser problemática quando se está a usar o portátil no colo, na medida em que o ecrã terá de ser colocado em abertura máxima. Uma grande desvantagem que encontrámos na tampa do ecrã foi a ausência de um mecanismo de fecho, que asseguraria que a tampa se mantivesse no seu local durante o transporte. Assim, é suposto serem as dobradiças a executar essa função. O que realmente acontece é que elas não conseguem desempenhar essa tarefa convenientemente e como tal, durante o transporte da máquina sentimos que o ecrã e a base andam sempre a bater um no outro, ainda que de forma ligeira.

Convenientemente, o ecrã tem umas tiras de borracha que o impedem de colidir com as teclas do teclado. Mesmo assim, os constantes movimentos do ecrã irão eventualmente desgastar as dobradiças. O melhor que o comprador pode fazer é adquirir uma bolsa de neoprene que é barata e cumpre duas funções. Impede que a tampa do ecrã ande sempre em movimento, e também evita que o portátil se danifique na zona exterior. Sem a cobertura, existe sempre a possibilidade de algum objecto se intrometer entre o ecrã e o teclado,  causando danos possivelmente irreparáveis ao ecrã.

A zona inferior do portátil é feita de um material sintético muito resistente e que apenas cede quando se exerce muita pressão. O utilizador pode também encontrar aqui as tampas de manutenção, sob as quais estão a RAM, WLAN e Disco rígido. Após a remoção de alguns parafusos, é possível ao utilizador fazer alterações ao hardware, quer removendo os componentes de série, quer colocando novos nos locais disponíveis.

O peso e tamanho do HP Compaq está dentro dos parâmetros da classe. O nosso modelo de teste pesava 2,72kg e tinha as seguintes medidas: 3.2(altura na frente) x 35.8(largura) x 26.7 (profundidade) cm. Se o utilizador decidir comprar a bateria de 6 células (que obviamente possui menos capacidade e peso) o peso do portátil passa para os 2,5kg (valor fornecido pelo fabricante), o que é muito bom para um portátil desta classe. Mesmo com a bateria removida, é possível observar que a caixa se mantém estável. Mais uma vez referimos que isto acontece porque, ao contrário de muitos outros portáteis, neste 6735s a bateria não serve de suporte base à caixa da máquina.

As portas oferecidas no HP 6735s podem ser descritas como sendo as suficientes. Nada a mais nem a menos. Este HP 6735s possui 4 portas USB, uma entrada analógica VGA, Ethernet 10/100, ranhura ExpressCard54, leitor de cartões 4 em 1 (SD, MMS/Pro, MMC e XD), portas áudio, fecho Kensington e um modem de 56kb. Com estas portas, o fabricante satisfaz as necessidades básicas do utilizador. Caso o deseje, pode adicionar hardware adicional como ,por exemplo , UMTS, firewire, e eSATA mesmo por cima da ranhura ExpressCard. Portas como a HDMI, DVI, firewire, eSATA, e outras são naturalmente desejáveis, mas honestamente ninguém espera vê-las num produto desta gama de preços.

Seria de esperar que este modelo empresarial, tivesse uma docking port, uma porta série, uma bateria suplementar para viagens, uma porta de expansão, e até mesmo uma porta paralela para empresas que usem periféricos mais antigos. Contudo, qualquer pessoa que estivesse à espera de esse tipo de acessórios neste 6735s ficaria muito desapontado, e seria constantemente lembrado de que este portátil se destina a pessoas que procuram um modelo de entrada de gama. A HP , contudo, oferece um replicador de portas que se liga ao portátil através de uma porta USB, e permite uma DVI, VGA, 4xUSB e Ethernet 10/100.

O posicionamento das portas também não foi o melhor. Existe, por exemplo, o facto de a porta do modem estar situada muito atrás, as portas USB estão muito próximas uma da outra e em ambas as laterais do portátil. Ao estarem situadas muito próximas da frente do portátil, as portas USB podem interferir de forma desagradável com o trabalho que se está a executar. A adicionar a isto, se o utilizador decidir usar a ranhura ExpressCard54 do lado esquerdo da máquina, então as duas portas USB, que ficam mesmo por baixo, não podem ser usadas. Contudo, a escolha de se colocar o leitor de cartões e as portas audio perto da área frontal foi boa e é precisamente onde se encontram na maioria dos portáteis. A bateria de 8 células pareceu-nos ser um pouco grande, na medida em que consegue ocupar toda a parte de trás da máquina, impedindo a colocação de portas nessa zona.

A webcam VGA integrada com a moldura do ecrã e o microfone, tornam possível a utilização do serviço VoIP e assim conseguem adicionar mais vantagens para os utilizadores. A WLAN com normas b/g e o Bluetooth 2.0 (ambos provenientes da Broadcom) tomam conta necessidades de comunicações sem fios, podendo ser facilmente ligados/desligados através de um painel que fica mesmo por cima do teclado. Os utilizadores que fizerem a encomenda do modelo que estamos a usar, não terão acesso aos módulos UMTS ou DraftN. Estes módulos podem ser adicionados a este portátil, caso o utilizador assim o deseje, mas aumentam consideravelmente o custo da máquina. A HP oferece a garantia de um ano para o portátil e para a bateria, mas existem várias opções para a sua extensão.

O HP6735s está disponível com dois ecrãs diferentes, ambos com uma resolução WXGA de 1280x800 píxeis e formato 16:10.

Despendendo da configuração do portátil, o utilizador por escolher um ecrã do tipo Bright-View e superfície reflectiva, ou tal como no nosso modelo de testes, escolher a superfície mate. A vantagem desta configuração, é a de que não existem reflexos para nos distrair e isso faz toda a diferença quando usamos o portátil no exterior ou em locais com má iluminação.

O nosso modelo de teste vinha equipado com o Windows XP Professional pré-instalado. Escolhemos esta versão do Windows, não apenas por ser muito popular, mas também por causa das especificações do nosso portátil. Para além deste sistema de operação, temos também disponíveis o Vista Business (em versões de 32 e 64bit), drivers e CDs com software. No total, encontramos 7 CDs dentro da caixa, o que hoje em dia é de louvar.

Os processadores para portáteis da AMD, não são conhecidos pelo seu elevado desempenho. O melhor dos processadores para uso móvel da AMD é o Turion X2 Ultra ZM-86, que na nossa comparação de processadores apenas fica classificado na posição 50. O Turion X2 RM-72 (2.1 GHz/ FSB 3600 MHz/ 2x 512 kb L2 cache/ 35 W TDP), que é usado no nosso modelo de teste encontra-se na posição 81, muito próximo do Intel Core2Duo T5600.

Este processador de dois núcleos promete bom desempenho em programas do Office, internet, reprodutores de som, e edição simples de imagem, bem como em jogos mais antigos e que sejam menos exigentes em termos de hardware. Esta afirmação é suportada pelos 3479 pontos do PC Mark 2005. Assim será possível fazer pequenos trabalhos de edição de vídeo ou conversões de formatos. O unico senão, será mesmo o tempo que terá de esperar para que o portátil execute as tarefas, que obviamente será superior ao de portáteis mais potentes.

A gráfica da ATI HD3200 usada neste modelo, tem um dos mais avançados chips da actualidade. No teste 3DMark2006, a ATI HD3200 conseguiu uns bons 1374 pontos. Com este resultado, o chip da AMD conseguiu bater a competição da Intel, a GMA 4500MHD  em mais de 50%. Mesmo pequenos projectos em CAD parecem ser possíveis na medida em que consegue 2110 pontos no teste de Open GL Shading no Cinebench R10, quase o mesmo que a nVidia Quadro NVS 140. Como a gráfica por si não tem memória dedicada, está dependente da memória RAM existente no sistema. Devido a isto, o chip perde alguns pontos, na medida que as slots existentes no portátil são de 2GB e a segunda está vazia. O chip M780G da AMD pode suportar um máximo de (GB DDR-2 PC-6400 em modo dual-channel). Mesmo com um outro módulo de 2GB instalado no portátil, o sistema apenas atingiu os 1561 pontos no 3DMark2006.

O HP 6735s está disponível com discos rígidos de 160, 250 e 320GB todos de 5400rpm. O disco instalado no nosso modelo é um Hitachi de 250GB. Este disco deverá ser o suficiente para guardar dados e a velocidade de transferência de 50,1MB/s (média) é um bom valor. A somar a isto, notamos que o mesmo é muito silencioso e assim eleva o nível de conforto. O HP Drive Guard, que é fornecido como extra pelo fabricante, previne, em caso de falha do sistema que exista perda de dados, ao parar as cabeças de escrita do disco.

A unidade óptica da Samsung tem um bom tempo de resposta. Demora poucos segundos até arrancar com um CD/DVD que lhe tenha sido colocado.  Todos os outros detalhes técnicos são muito standard. Uma funcionalidade simpática que esta unidade possui é a função LightScribe, que permite escrever etiquetas nos CD/DVDs.

Assim, temos que a HP fornece um  portátil com um desempenho equilibrado e, devido ao seu preço, também competitivo.

Ruído do Sistema

Assim que se liga o portátil, a ventoinha liga na sua velocidade máxima, o que também significa ruído máximo. Esta velocidade furiosa continua até até aparecer o ecrã de boas vindas do Windows, altura em que abranda um pouco. A ventoinha funciona de forma silenciosa nuns 34.2 db(A), valor que para a maioria das pessoas se pode considerar baixo. Quando o uso do processador é baixo, o que usualmente é o caso quando se usa navega pela internet, a ventoinha desliga-se ocasionalmente, apenas para se ligar uns minutos depois. Para este cenário, o utilizador deve escolher o modo portable/laptop durante o qual os processadores funcionam apenas a 500MHz, fazendo com que as tarefas se arrastem um pouco.

Quando se põe um DVD na drive, o utilizador tem de aguentar o algo elevado ruído do seu funcionamento de 37.1 dB(A), e quando o uso do processador é mais elevado, o que pode acontecer quando se está a converter ficheiros ou usar programas 3D, o ruído pode ir até aos 46.2dB(A) muito depressa (neste nível, o ruído pode tornar-se desconfortável).