Como tal não poderia deixar de ser, o chassis Duracase da Samsung tem uma  magnífica qualidade de construção com superfície de alta qualidade. Sóbrio, áspero e com elementos cromados estrategicamente colocados, podemos dizer que este Samsung é amor à primeira vista. Temos à escolha Branco-Safira (modelo de teste) e Preto Diamante. Com o teclado anti-bacteriano, baseado numa cobertura de iões de prata, a Samsung tentou facturar também no campo da higiene e conseguiu algo de especial.

A base tem uma grande rigidez e quase não a conseguimos torcer ou pressionar como outros. Infelizmente esta rigidez não está presente na tampa pelo que é possível torce-la bastante. Isto não influencia a imagem ou a protecção, mas cria uma sombra numa positiva primeira impressão. Por outro lado, as dobradiças fazem a sua função, mantém a tampa tanto fechada como aberta sem problema.

O teclado está bem fixo, tal como no NC10, e não há sequer ruído a apontar. A base tem uma abertura por baixo onde podemos ver o Slot de RAM ocupado com 1Gb. A bateria, tal como em outros da mesma categoria, acomodada na traseira eleva um pouco o chassis, mas aparenta estar bem integrada e justa.

O chassis, em comparação com o NC10, ganhou um pouco de tamanho ficando agora com 272 (C) x 188.5 (L) x 29.8 (A) mm, mas tornou-se 1mm mais magro. Conseguiram reduzir 200g no peso apesar do chassis aumentado e da bateria com maior duração. Como não doce sem amargo, teremos que carregar agora um carregador 80g mais pesado.

Mesmo permitindo um ecrã de 12" apenas vamos encontrar um de 10" no N129. O ecrã da Samsung pertence por pouco à conservador classe dos netbooks com uma resolução WSVGA (1024x600 pixels) num formato 16:10. A mais óbvia inovação, é a suave, brilhante superfície do ecrã, a qual poderia servir bem de espelho. Esta sensação fica reduzida quando está ligado mas não deixa de exigir uma ponderada escolha de local de trabalho, mesmo dentro de portas. Roupa clara, luz de fundo em má posição ou imagens escuras sobrepõem-se às imagens do ecrã e fazem com que seja necessário fazer um esforço extra para tentar separar as imagens reais das sombras e reflexos.

Vamos encontrar componentes antiquados no departamento da performance do Samsung N120. Aparte do CPU Intel do N120, baseado no Intel Atom, temos também o chip gráfico GMA950 integrado. Estes componentes são complementados por 1Gb DDR2 e um disco de 160Gb de disco rígido Samsung. Este apresenta bons valores com uma taxa de tranferência de 52.1 MB/s e tem, tendo em conta os valores actuais, espaço suficiente para documentos, música e imagens.

Os resultados dos benchmarks classificam este portátil como banal com 241 pontos no 3DMark 05, 274 pontos no CineBench R10 OpenGL Shading e, 541 e 828 pontos na renderização do CineBench R10 em single e multi CPU., respectivamente. Isto em termos práticos traduz-se numa conversão a 4.8x das nossas 5 músicas no iTune e numa reprodução sem paragens do nosso filme H.264 de teste "Shooter". O sistema fica deveras inerte executando vários programas ao mesmo tempo ou com software mais pesado como edição de imagem. O Samsung N120 não tem capacidade de reproduzir vídeos Full-HD, como tal não será recomendado para jogos recentes. Os suspeitos do costume, tais como browser de internet, office e  o skype podem ser executados normalmente e isso confirma o objectivo da classe deste equipamento.

Alcançámos velocidades médias de transferência de 25.5 MB/s na porta USB e 17.2 MB/s no leitor de cartões com um Scandisk Extreme III SDHC 4GB.

Ruído

O Samsung N120 proporciona um ambiente muito silencioso oscilando entre os 30.7 dB(A) e os 32.6 dB(A). Pouco audível e quando em carga máxima torna-se um pouco mais audível mas nunca incomodativo, pode-se descreve como um portátil muito silencioso. Este nível de ruído em funcionamento classifica este portátil como especialmente agradável.

Temperatura

Parece que os técnicos da Samsung sacrificaram a temperatura interior do chassis por uma ambiente mais silencioso. Como uma temperatura de 39.1 ºC ,na área do teclado, ainda não sentimos desconforto, embora possamos alcançar temperaturas de 46.2ºC na base do lado direito. Utilizar as coxas como apoio para o portátil pode levar a um fim prematuro do nosso trabalho, dependendo da utilização, maior ou menor processamento.

O Samsung N129 poderia vangloriar-se com algumas bem-vindas inovações em algumas áreas, mas infelizmente deu um grande passo atrás no aspecto mais importante para o utilizador - o ecrã.

Especialmente agradável temos a apontar o sistema de som, a boa duração da bateria com, ao mesmo tempo, um peso reduzido, o melhorado (e maior) teclado e um nível de ruído muito baixo.

Em todo o caso, a renúncia da Samsung ao ecrã de boa qualidade que integrava o NC10 passando para um produto obviamente inferior é inconcebível. Além de termos uma nova superfície extremamente reflectiva e limitadora, também temos valores de brilho e contraste bastante baixos. Dependendo do ambiente, a temperatura um pouco mais elevada da zona inferior - o senão do baixo ruído - é também incomodativo.

A disposição dos conectores, que poderia levar a algum tipo de obstrução quando utilizados, mostra-se bastante menos restrictiva, embora que para alguns esta poderia ser melhorada.

Basicamente, o Samsung N120 perdeu algum do seu brio em comparação ao NC10 e vê-se agora exposto a uma grande pressão por parte da sua concorrência.